A culpa não é da vítima

 A culpa não é da vítima


Por: Rita Ramos Cordeiro - Imagem: Pixabay
Quando um homem entra na casa de uma mulher que mora sozinha num primeiro encontro, usa um nome falso para entrar e acorda no meio da noite para espancá-la por quatro horas, podemos chamá-lo de muitas coisas, menos de louco, este é fato já ocorrido.

Sua barbárie foi bem calculada e sua atitude lembra mais um psicopata do que um louco. Existem vários tipos de psicopatas e a grande maioria se passam por pessoas normais. Provavelmente você já se deparou com um psicopata mesmo sem saber. A maioria dos psicopatas vivem uma vida normal, mas são pessoas frias, que não tem sentimento e não tem nenhuma empatia pelo ser humano e você pode morar e conviver com um e não saber. Mas não se assuste, nem todo o psicopata quer ou tem o desejo de matar. Na verdade, eles não se importam com ninguém, mas isso não significa que tem ódio do ser humano a ponto de matar. Eles podem estar em todas as classes sociais e profissões e pensam apenas neles mesmos, podem passar por cima de tudo e de todos para conseguir o que querem. Mentem, manipulam ao mesmo tempo que são charmosos e sedutores. Não adianta culpar a vítima dizendo que ela não deveria levá-lo para a casa no primeiro encontro, pois um psicopata pode morar ao seu lado sem você saber distingui-lo, inclusive podendo casar com um. A psicopatia não tem tratamento e até mesmo você pode ser um psicopata sem saber. Não é por causa disso que vamos ter medo de sair nas ruas ou de se relacionar, basta apenas ficar atentos. Em algum momento da vida eles apresentam ações e atitudes agressivas e violentas de forma contínua, antes ou depois do casamento. Por isso as mulheres precisam ter cuidado para não permitir relacionamentos abusivos, desculpando sempre, acreditando que vão mudar.
Não há mudanças, há apenas picos de calmaria ou manipulação. No caso do indivíduo do começo do texto, ele já tinha agredido o pai e um irmão deficiente anteriormente. Muitos homens são violentos em sua vida de relação e um dia pode ser também com a namorada ou esposa.
O mais importante de tudo é não minimizar a violência sofrida. É necessário buscar ajuda, pois mais cedo ou mais tarde ela se repetirá e a vítima pode ser você.

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