Sem nunca dizer adeus

 Sem nunca dizer adeus


Por: Rita Ramos Cordeiro

No decorrer da existência terrestre, nos deparamos com situações que a vida nos apresenta para testar nossa força, coragem e fé no Pai da Vida.

São, em sua maioria, situações que criamos com nossos próprios erros e imprevidências.

Consciente ou inconscientemente magoamos e ferimos pessoas, geralmente a favor de nosso próprio benefício e interesse próprio.

Por interesse próprio, deixamos que o orgulho e o egoísmo nos afastem da devida reparação de nossos erros.

Indiferentes, ignoramos o sofrimento alheio e seguimos em frente sem olhar para trás.

Nos afastamos de pessoas que mereciam nossa consideração e respeito, para nos manter inertes e omissos, envolvidos em nossa própria vida.

Quem já não passou por algo semelhante?

Quem já não se afastou da vida de alguém sem ao menos dizer adeus?

Sem se importar com as consequências das próprias ações e apenas em busca do prazer próprio?

Situações como estas são mais comuns do que imaginamos.

O egoísmo impera quando o risco de sair da zona de conforto se torna maior que a compaixão pelo ser humano.

Nestes momentos a consciência até que nos cobra um posicionamento reto, íntegro e honesto, porém, a busca pela própria satisfação pessoal nos afasta da sabedoria da consciência tranquila.

Infinitas desculpas surgem para justificar erros e omissões e dificilmente somos honestos o suficiente para assumir e corrigir erros cometidos.

Atualmente é comum a maledicência e os pré-julgamentos. Espalhar opiniões que se alastram como o fogo, virou moda.

E sem ao menos dizer adeus, viramos as costas e esquecemos o erro cometido, deixando que o tempo a tudo resolva. 

Deixamos que o tempo corrija uma responsabilidade que seria nossa.

Sem ao menos dizer adeus, deletamos pessoas de nossas existências, pelo simples fato de não ter a coragem de admitir e corrigir erros.

Acreditamos erroneamente que o prejuízo que causamos ao próximo não se voltará para nós mesmos.

Ledo engano, a Lei da Causa e Efeito é sábia e para todas as ações, consequentemente haverá uma reação.

Eis aí a importância de plantar boas ações para colher o Bem, sempre.

Se realmente for necessário dizer adeus, que o façamos com a consciência tranquila do dever cumprido.

Todos os seres humanos são passíveis de erros, pois errar faz parte do ser humano e estes mesmos erros nos tornarão pessoas de bem se soubermos admitir e reparar esses erros.

É necessário que o autoperdão faça parte de nossa vida, para seguirmos um caminho de paz e amor.

Mas que cada erro cometido seja corrigido com hombridade, respeito e integridade.

Que o exemplo de Jesus possa fazer parte de nossa vida, para podermos continuar nosso aprendizado e crescimento espiritual, seguindo nossa jornada, sem nunca dizer adeus, antes de auxiliar e socorrer um irmão do caminho.

Somente assim a jornada terrestre será realizada por momentos e vivências de paz e amor.


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